Por que falar de ócio?
[...] Diante do mundo de evasão, distração espetáculo que nos rodeia, o ser humano se torna cada vez mais limitado, cada vez mais dependente das máquinas, menos ator e mais espectador de uma realidade irreal. Falar de ócio se transforma neste contexto, num questionamento de cada um consigo mesmo, de como ser um pouco mais livre para fazer o que se quer. (...) a vivência de ócio é uma experiência que nos ajuda a nos realizar, nos conhecer, nos identificar, nos sentir melhores, sair da rotina, fantasiar e recuperar o equilíbrio das frustrações e desenganos.

(Cuenca, 2003, p. 32).

sexta-feira, 23 de março de 2012

Ofereço a minha tocha






Um dia...

Recebi no portão da casa de meus pais a visita de um senhor de origem oriental muito sorridente, oferecendo-me gratuitamente uma revista chamada Acendedor e, depois que aceitei, simplesmente foi embora em silêncio, juntando as mãos e abaixando a cabeça em reverência.
Achei aquilo tão estranho, fiquei curioso para saber por que motivo aquele velhinho me entregava essa revistinha, afinal, seria aquela maneira um novo golpe na praça? Minha mente, insegura, desconfiava de tudo e de todos... A realidade a minha volta era sem perspectivas.
 
Os dias se passaram...

O reencontro inesperado...
Mês seguinte e, novamente recebo a visita daquele senhor sorridente e outra vez, entrega-me a revista fazendo as reverências costumeiras e se retirando, silenciosamente. Entretanto, desta vez, eu estava prevenido, pois já havia lido a revista e o questionei:
Senhor! Por favor, por que o senhor vem a minha casa entregar essa revista sem que a tenha solicitado?
Com uma expressão serena e um sorriso no rosto disse:
Muito obrigado meu jovem!
Foi por uma graça que recebi, desde então estou levando os ensinamentos da verdade da vida por meio desta revista aos lares. E juntando as mãos, abaixou a cabeça em reverência e me agradeceu, retirando-se em silêncio.

O tempo passou e aquele senhor oriental nunca mais apareceu, mas, também não precisava, pois a partir daquela revista que ganhei, fiz uma assinatura anual e comprei um livro chamado: “A verdade da vida” do Professor  Massaharu Taniguchi, fundador da Seicho-no-ie no Japão.
A semente do bom velhinho já havia germinado na minha vida e as transformações já estavam acontecendo, mesmo não percebendo já praticava o aqui e agora e aos poucos a compreensão da verdade foi entrando em minha vida.
Hoje, passado mais de 30 anos, compreendo aquele bom velhinho que apareceu do nada, como um mestre, sem dizer uma única palavra, entregou-me a tocha.
Causando uma fogueira no meu interior... Jorrando agradecimentos.

Continuo ascendendo e distribuindo a tocha.

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