Na escrita do dicionário on-line Priberam, a palavra ócio, significa vagar; repouso; lazer; descanso; estado de quem não faz nada; preguiça. Daí surge às seguintes questões:
Mas será que realmente estamos fazendo nada quando estamos no ócio?
A primeira coisa a entender é que mesmo quando não estamos presentes no trabalho a nossa mente continua numa tagarelice constante. E, segundo Domenico De Masi, autor dos livros Ócio Criativo e Economia do Ócio: “É necessário aprender que o trabalho não é tudo na vida e que existem outros grandes valores: o estudo para produzir saber; a diversão para produzir alegria; o sexo para produzir prazer; a família para produzir solidariedade, etc.”
Mas, como se faz para silenciar a mente e parar de pensar?
Será que o tempo que passamos sem fazer nada é perda de tempo?
No mundo atual, ainda trabalhamos de forma primitiva, nossas horas de lazer são mais uma compensação pelas horas trabalhadas do que seria na verdade, o lazer em si. Nesse caso, o ócio não significa preguiça, sedentarismo. O ócio criativo significa, então, um exercício de junção entre atividade, lazer e estudo, sugerindo ao ser humano um desenvolvimento holístico sobre a vida.
Entretanto, o estado de ócio criativo significa muito mais, é ser capaz de sair do atoleiro de problemas da mente e criar certa distância entre a mente e o ser. Não é um trabalho dentro da mente, mas um trabalho que nos leva para fora dela. E um milagre acontece quando você sai da sua mente; todos os problemas desaparecem; porque a própria mente desaparece, perde o controle sobre você.
Segundo Osho, o homem moderno precisa aprender a relaxar, sentar, silenciar a mente e experimentar o estado de êxtase - cessação dos movimentos da mente. Num primeiro estágio, se faz necessário limpar e purificar a mente de tanto lixo que permitimos absorver através de dogmas, paradigmas, teorias, filosofias e, principalmente repressões.
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