Por que falar de ócio?
[...] Diante do mundo de evasão, distração espetáculo que nos rodeia, o ser humano se torna cada vez mais limitado, cada vez mais dependente das máquinas, menos ator e mais espectador de uma realidade irreal. Falar de ócio se transforma neste contexto, num questionamento de cada um consigo mesmo, de como ser um pouco mais livre para fazer o que se quer. (...) a vivência de ócio é uma experiência que nos ajuda a nos realizar, nos conhecer, nos identificar, nos sentir melhores, sair da rotina, fantasiar e recuperar o equilíbrio das frustrações e desenganos.

(Cuenca, 2003, p. 32).

domingo, 10 de junho de 2012

Viciado em trabalho


O trabalho é bom, mas ele não deveria se tornar um vício.

Muitas pessoas transformaram seu trabalho em uma droga, a fim de que possam se esquecer de si mesmas nele – como um alcoólico se esquecendo de si mesmo no álcool.

Você deveria ser capaz tanto de não fazer quanto de fazer coisas – assim, você é livre.

Você deveria ser capaz de se sentar, sem nada fazer, tão perfeita, bem-aventurada e belamente como quando está trabalhando duro e fazendo muitas coisas; dessa maneira, você é flexível.

Existem dois tipos de pessoas: algumas fixadas em suas letargias, e, no outro extremo, as fixadas em suas ocupações. Ambos estão aprisionados.

Você deveria ser capaz de se mover sem esforço de um a outro tipo. Então você teria uma certa liberdade, uma certa graça e espontaneidade em seu ser.

Não sou contra o trabalho, não sou contra coisa alguma, mas nada deveria se tornar um vício; senão, você fica em um estado muito confuso.

Se o trabalho for uma ocupação e você estiver simplesmente se escondendo nele, ele se tornará algo repetitivo, mecânico, uma obsessão, e você será possuído por um demônio.
Osho, em "Osho Todos os Dias"

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